domingo, 16 de abril de 2017

Um dia numa ilha deserta


De manhã cedinho, acordo com a forte ondulação que se faz sentir no mar. Desço da casa da árvore por uma escada feita de paus que construí. Aproveito para dar um mergulho nas águas límpidas e quentes da Ilha da Fantasia.
De seguida, assobio ao meu inseparável amigo Diabrete – o macaquito meu companheiro, que me ajuda a recolher fruta dos ramos mais altos das árvores. Comemos bananas, cocos e outras frutas tropicais.
            Para sobreviver, construí uma canoa feita com troncos de árvores e vou para o mar tentar pescar, com a minha cana de pesca feita de pau com a ponta afiada. Apanhei muitas espécies de peixes que darão um saboroso almoço. Fui à floresta com o Diabrete apanhar paus e algumas pedras. Consegui, depois de muitas tentativas, fazer uma grande fogueira para assar os peixes.
- Que refeição deliciosa! – disse eu ao Diabrete.
Ele pareceu entender o meu discurso e até lambeu o focinho em sinal de aprovação.
Ao fim de almoçar, resolvi ir descobrir a ilha onde estava. Vi, perto do mar, muitas conchas variadas, estrelas-do-mar, caranguejos, búzios,…
Mais tarde, nadei um pouco e reparei numa enorme mancha negra, no fundo do mar. Mergulhei, e qual não foi o meu espanto quando vi que era um barco pirata naufragado, bem lá no fundo. Nadei até ele e descobri um baú repleto de ouro e jóias.
- Estou rico! – exclamei eu muito eufórico.
Retirei algumas jóias e regressei a terra onde o Diabrete me esperava muito ansioso. Como recompensa pela longa espera, recebeu um colar de ouro que colocou no pescoço.
Caminho para a casa da árvore e guardo o meu pequeno tesouro numa caixa de madeira, feita por mim, para guardar os meus achados.
Começou a anoitecer e eu desci para ir recolher alguns paus e pedras para acender uma fogueira, para me aquecer e afastar os animais selvagens. Aproveitei e assei o peixe que tinha sobejado do almoço.
Já com os olhos quase fechados e cansado, subo a escada de madeira, acompanhado do meu fiel Diabrete, e deito-me na minha cama observando os pirilampos que não param de piscar, iluminando a noite. Adormeço facilmente, depois de um dia cheio de aventuras.
Jamais esquecerei, por muitos anos que viva, a Ilha da Fantasia!
Texto coletivo
                                     Alunos dos 3.º e 4.º anos 
                                    EB1 de Vale de Madeiros