De manhã
cedinho, acordo com a forte ondulação que se faz sentir no mar. Desço da casa
da árvore por uma escada feita de paus que construí. Aproveito para dar um
mergulho nas águas límpidas e quentes da Ilha da Fantasia.
De seguida,
assobio ao meu inseparável amigo Diabrete – o macaquito meu companheiro, que me
ajuda a recolher fruta dos ramos mais altos das árvores. Comemos bananas, cocos
e outras frutas tropicais.
Para sobreviver, construí uma canoa
feita com troncos de árvores e vou para o mar tentar pescar, com a minha cana
de pesca feita de pau com a ponta afiada. Apanhei muitas espécies de peixes que
darão um saboroso almoço. Fui à floresta com o Diabrete apanhar paus e algumas
pedras. Consegui, depois de muitas tentativas, fazer uma grande fogueira para
assar os peixes.
- Que refeição
deliciosa! – disse eu ao Diabrete.
Ele pareceu
entender o meu discurso e até lambeu o focinho em sinal de aprovação.
Ao fim de
almoçar, resolvi ir descobrir a ilha onde estava. Vi, perto do mar, muitas
conchas variadas, estrelas-do-mar, caranguejos, búzios,…
Mais tarde,
nadei um pouco e reparei numa enorme mancha negra, no fundo do mar. Mergulhei,
e qual não foi o meu espanto quando vi que era um barco pirata naufragado, bem
lá no fundo. Nadei até ele e descobri um baú repleto de ouro e jóias.
- Estou rico! – exclamei
eu muito eufórico.
Retirei algumas
jóias e regressei a terra onde o Diabrete me esperava muito ansioso. Como
recompensa pela longa espera, recebeu um colar de ouro que colocou no pescoço.
Caminho para a
casa da árvore e guardo o meu pequeno tesouro numa caixa de madeira, feita por
mim, para guardar os meus achados.
Começou a
anoitecer e eu desci para ir recolher alguns paus e pedras para acender uma
fogueira, para me aquecer e afastar os animais selvagens. Aproveitei e assei o
peixe que tinha sobejado do almoço.
Já com os olhos
quase fechados e cansado, subo a escada de madeira, acompanhado do meu fiel
Diabrete, e deito-me na minha cama observando os pirilampos que não param de piscar,
iluminando a noite. Adormeço facilmente, depois de um dia cheio de aventuras.
Jamais
esquecerei, por muitos anos que viva, a Ilha da Fantasia!
Texto coletivo
Alunos dos 3.º e 4.º anos
EB1 de Vale de
Madeiros